23.8.07

Mais um poema
sobre o mesmo tema?

Bendita seja a repetição
fruto do vosso ventre.

Mas e a repepetição?
Essa mata!
Se cuidem, filhinhos.
Olha o bicho-papão.
Neurose vai pegar!
A pica do destino é grossa
e dispensa lubrificantes.

Porto seguro?
Eu sou uma tempestade em alto mar.

Mas elas preferem o papai-mamãe que estais no céu, olhai por nós em todas as posições, agora e na hora de nossa pequena morte, mamem.

E enquanto os sombrios homens do poder têm lindas mulheres dóceis para lhes levar café e ficar de quatro, eu faço o meu solúvel, e faço na mão.

Pensando bem, não tenho de que reclamar. Meu café é bom e minha mão é cheia de toques.

E eu não trocaria minha frágil e breve vida por uma eternidade deles.

Logo, tudo está como devia estar. Nem uma cabeça de alfinete a mais, ou a menos.

Toda a merda que vocês fazem, são obrigados a engolir.

Então me digam se há ou não justiça. Diga para eles, Heráclito.

Leu correndo, sem prestar atenção? Mas isso também é justiça. Eu escrevi rápido mas li devagar. Ainda está escorrendo, cálido, espesso: calda de lírio sabor caramelo.

E o resto é silêncio na imensidão dos espaços infinitos.

Ou qualquer porra assim.

2 Comentários:

Blogger Marcela disse...

tão direto que nem chega a doer.
ótimo. =)

23 de agosto de 2007 às 19:54  
Blogger Francisco Fuchs disse...

=)

25 de agosto de 2007 às 21:08  

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