20.5.17

Uma amostra da edição do áudio na conversa de Temer

Não sou perito em áudio, mas já digitalizei vários LPs (fazendo limpeza "manual" de ruídos) e já editei inúmeras músicas; é uma espécie de hobby.

Assim, não custa nada deixar aqui uma pequena amostra visual da edição do áudio gravado por Joesley Batista. Há dois cortes na imagem abaixo, e o corte na parte central da imagem não deixa margem para dúvidas: o áudio foi editado, e não me parece que um "defeito do equipamento" pudesse produzir esse resultado.¹ Não há duração no ataque; o som entra de maneira totalmente abrupta (linha vertical), o que, a meu ver, é muito insólito. Ainda a meu ver, a edição é grosseira e, cá entre nós, até eu teria feito um trabalho melhor.

Não gosto de Temer, não votei em Temer e não estou defendendo seu governo. Mas também não dá para ficar calado diante de "peritos" capazes de afirmar que a edição do áudio é um detalhe sem importância. Se a questão é para "peritos", me perdoem, mas eu sou mais a minha perícia.


(clique para ampliar)


Fonte do áudio: EBC / Agência Brasil

¹ Nota de 22/05/2017 (texto publicado hoje no jornal O Globo):

"O perito André Morrison, um dos diretores da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, disse que a análise sobre o pen drive é importante, mas não é essencial para a conclusão da perícia que os colegas estão fazendo sobre a autenticidade do áudio. Morrison fala com a autoridade de ex-chefe do setor responsável pela perícia de audiovisual do INC.

- Mesmo sem o gravador (o pen drive) é possível fazer a perícia. O gravador seria importante para dizer se determinado evento acústico (ruídos, falhas nos sons, etc) se devem ou não a características naturais do equipamento. Mas a perícia sobre o gravador não é fundamental - afirmou."



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